Traditions

Como amantes de viagens, não estariamos a fazer bem o nosso trabalho se não fossemos à procura de algo mais do que uma escapada rápida para fugir à rotina...

Há sempre perguntas para fazer. Perguntas que vão muito para além do desejo egoísta de escapar à monotonia do dia a dia.

Precisamos entender como começou, quem foram os que perimitiram chegar onde estamos hoje e a origem de das cidades com milhões de habitantes. Foi Henry James que disse que faz falta uma quantidade interminável de história mesmo para criar uma pequena tradição. E talvez seja aqui que reside a nossa resposta. Conhecer e compreender parte das tradições de um lugar é a chave da porta de entrada.

Por isso vem, entra e explora.


Halloween em EUA

História de Halloween

Para enteder a origem do que hoje em dia chamamos Halloween (All Hallows Eve, a noite que precede o All Hallows' Day) há que recuar no tempo e conhecer os costumes populares dos países que falavam línguas celtas, antes da chegada do Cristianismo. Samhain (sah-win) era um festival que assinalava o fim da temporada da colheita, o início do inverno e a mudança universal para "a metade escura" do ano, onde os limites deste mundo e o outro se aproximavam e os espíritos eram livres de vir e aparecer sem nenhum entrave. Ou seja, nada a ver com da combinação do fato de Batman e da bandeja de shots de Jägermeister dos nossos dias.

Era uma época de grande temor. As oferendas, as fogueiras e os inúmeros rituais de todo o tipo que tinha como objetivo afastar os espíritos enfurecidos, são testemunhos do clima de terror que se fazia sentir. Um dos muitos rituais consistia em mascarar-se: a tradição mandava ir de casa em casa recitando versos pagãos, personificando os antigos espíritos e pedindo comida. Só assim poderiam estar protegidos contra eles.

Apesar de estas tradições terem sido afastadas no início pelos puritanos de Nova Inglaterra, a imigração massiva que chegava aos Estados Unidos proveniente da Irlanda e da Escócia, contribuíu para que o Halloween se fosse convertendo, pouco a pouco, numa festa celebrada por todos os americanos sem olhar a raça, classe social ou religião. Os antigos disfarces sobrenaturais não tardaram em ser substituídos por outros de personagens famosos, desenhos animados e qualquer personagem de ficção. Os antigos alimentos foram substituídos por doces. Afinal de contas, este ritual que originalmente não era muito grande, acabou por alcançar fama mundial, com ligeiras diferenças.

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Curiosidades

E assim é como estamos hoje em dia: infografias que analizam quais os disfarces de Halloween com os hashtags mais populares em cada estado. Nos Estados Unidos quase todos celebram o Halloween. Os gastos de consumo alcançam em média oito mil milhões por ano e cada pessoa gasta em média $93, entre o disfarce, as luzes, a decoração e os doces. É, nada mais nada menos do que a segunda maior festa comercial nos Estados Unidos, logo a seguir ao Natal.

Que os americanos gastem milhares de milhares de milhões de dólares numa festa que hoje em dia já não tem nenhum significado, não é de estranhar. Mas a verdade é que o Halloween moldou o próprio país, principalmente se acreditamos nas histórias que se contam.

Diz-se que os fabricantes de doces foram, entre outros, os que mais pressão exerceram para que a mudança para o horário de inverno fosse adiada para novembro, para que as crianças pudessem ter mais uma hora para pedir doces enquanto iam de casa em casa equanto jogavam ao "trick or treat" (doce ou travessura, em português).

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A tradição de pedir doces de porta em porta existe nos Estados Unidos pelo menos desde os anos vinte. Coexistindo em paralelo com a preocupação dos pais devido às inúmeras histórias de terror, principalmente sobre a possibilidade dos doces estarem envenenados. A verdade é que nos dois casos de intoxicação por doces no Halloween, ambos estavam vinculados aos familiares: num deles uma criança consumiu por acidente heroína que pertencia ao seu tio e o outro caso tratava-se de um pai que tentava cobrar um seguro de vida.

Com 41 milhões de crianças entre os 5 e os 14 anos que pedem "trick or treat" anualmente há quase 100 anos, podemos afirmar que o Halloween é uma festa bastante segura. É a tua vez de experimentar!

Fazer turismo no Halloween é um argumento tão válido como qualquer outro para viajar. E, se por acaso estás nos Estados Unidos no fim de outubro, existem uns quantos sítios que não vais querer perder para conhecer esta loucura em primeira mão.

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Nova
Começamos com um peso pesado, a cidade que provavelmente vais visitar seja como for. A lista das festas que se celebram na Big Apple é interminável, mas será difícil encontrar um espetáculo maior do que o Village Halloween Parade de Nova Iorque. Não se trata apenas do maior desfile de Halloween do mundo, senão também o mais conhecido, devido ao seu ambiente ao estilo Mardi Gras e à sua atitude aberta. Uma maré basicamente infinita de cerca de 50.000 participantes, marionetas, carroças e complicadas representações são o entretenimento principal dos milhares de pessoas que aqui se juntam para esta celebração. Tal como afirma o USA Today, “prepara-te para ficar de boca aberta”.

A comemoração também tem direito a festa no maior cemitério nova iorquino, Green-Wood, onde te poderás juntar a uma excursão organizada para recorrer todo o recinto que acolhe mais de 500.000 espíritos inquietos: estórias de como morreram alguns dos seus habitantes que se encontram debaixo dos teus pés pode ser mais assutadores do que parece. Se procuras algo mais calmo e mais familiar, o Bronx Zoo’s Boo é a aposta ideal. Aqui poderás encontrar passeios de carroça, abóboras e um desfile de crianças disfarçadas.


Nueva Orleans
A cidade que mais atrai, contrária às normas e amiga dos disfarces. É o lugar perfeito para as festas de Halloween. Além disso, com uma temperatura que ronda os 20º qualquer disfarce mais curto e ousado é bem vindo, até mesmo um ao estilo ¨Baywatch. Ver as pessoas fora e passear pela Frenchman Street, uma rua cheia de bares, é um bom começo. Certifica-te que não perdes as atrações principais. O Endless Night Vampire Ball é uma festa de máscaras ao estilo de Veneza com uma capa de vampiro e um toque de cabaret burlesco, com muito rock n’ roll à mistura. Os disfarces são, sem dúvida, espetaculares.

Segundo muitos meios de comunicação, este é o melhor evento de Halloween do Mundo. Cabe destacar especialmente o desfile anual de Halloween Jim Monaghan, o tour dos fantasmas de Crescent City, qualquer uma das muitas casas encantas que existem no centro da cidade e a tradicional obra da meia noite, The Rock Horror Picture.


Otros destinos
Se procuras uma festa de Halloween com um sabor mais latino, Houston, no Texas, é a cidade que procuras. As tradicionais celebrações do Dia dos Mortos (Día de los Muertos), com os seus respetivos altares para as oferendas e os espetáculos com caveiras, vão levar-te a viajar por tradições mais mexicanas do que propriamente americanas.

Em West Hollywood poderás encontrar a auto denominada “Maior Festa de Rua de Halloween”, que conta com concertos de diferentes estilos musicais. Os bares do boulevard de Santa Mónica abrem os seus pátios e oferecem bebidas especiais.


Conselhos

A tua viagem de Halloween começa antes de saires de casa. À medida que chegam as estações mais frias, o tempo varia bastante nas diferentes localidades do país. Sabias que normalmente o momento em que a média da velocidade do vento é mais alta em Nova iorque é a 31 de outubro? Costuma também ser o dia mais seco do ano, com uma humidade relativa de 62%. Não somos meteorologistas, mas levar um casaco é sempre uma aposta segura. Por outro lado, a temperatura média de Hollywood é de 28ªC nesta altura do ano. Bikini? É sempre melhor verificar antes de iniciar a viagem. Consultar as temperaturas na Internet pode sempre evitar dissabores, especialmente na hora de escolher o disfarce.

Por falar em disfarces, se estás à espera de chegar aos Estados Unidos para comprar um numa pequena loja de bairro à medida da ocasião, é melhor pensares duas vezes. Os americanos acodem em massa às cadeias nacionais como o Walmart para fazer as suas compras e tu não será a exceção.

Comprar online oferece-te uma seleção ilimitada de disfarces, até permite que a tua ideia de Zombie-Super Homem-Donald Trump seja factível! Escolhes exatamente o que procuras, gastas menos dinheiro e sobretudo menos tempo. Compra o teu disfarce online e poupa tempo e dinheiro.

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Festival das Lanternas

História do Festival das Lanternas

Celebrado no décimo quinto dia do primeiro mês do calendário lunissolar, esta tradição converteu-se numa espécie de dois em um: são as festas do Ano Novo Chinês e o equivalente ao Dia de S. Valentim chinês.

Existe uma lista de diferentes teorias sobre a origem da tradição do Festival das Lanternas quase tão longa como a Muralha da China. A mais consensual afirma que surgiu para comemorar a minguante escuridão do fim do inverno e, por tanto, a possibilidade de estar mais tempo na rua. Porém, podemos encontrar diferentes significados para esta tradição dependendo do prisma procurado: a dinastia, os diferentes personagens ou a religião.

O primeiro imperador da China. O imperador Qin Shi Huang ordenava celebrar magníficas cerimónias para agradar ao Deus co Céu Taiyi, que contava com dezasseis dragões para causar secas, tempestades, períodos de fome e pragas contra a humanidade.

O Taoísmo. O aniversário do deus taoista Tianguan tem lugar no décimo quinto dia do primeiro mês do calendário lunissolar, razão à qual atribuem as celebrações.

O Budismo. Depois de descobrir que os monges acendiam lanternas para honrar a Buda, um imperador da dinastia Han ordenou que todos o fizessem.

Os antigos guerreiros. O guerreiro rebelde Lan Moon organizou um golpe de estado contra um rei tirano e morreu depois de ter conseguido atacar a cidade. Muitos consideram que as celebrações são em sua honra.

Imagina, todas estas e outras histórias deram lugar ao atual Festival das Lanternas Chinês! Durante esta celebração, são penduradas lanternas no exterior das casas, as pessoas passeiam pelas ruas à procura do amor sem hora de recolha, comem sem pausas, resolvem quebra cabeças e reunem-se com as famílias.

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Curiosidades

É estranho pensar que este festival com dois mil anos de antiguidade quase se deixou de celebrar a meados do ano passado. Se não fosse pela insistência dos estudantes e a sua dedicação quase religiosa a esta festa já teria desaparecido. Mas isso não chegou a acontecer e a verdade é que hoje em dia este festival já goza de uma certa notoriedade, não apenas na China, como também em países como o Japão, a Coreia, Nova Zelanda e até no Hawai.

Na China os tipos de lanternas (fixas, portáteis, flutuantes ou voadoras) variam bastante entre as diferentes regiões do país, mas a mais comum é oval, vermelha com borlas vermelhas ou douradas. O vermelho simboliza a alegria e vitalidade e está normalmente associada a casamentos e nascimentos. A origem simbólica do branco? A morte, por mais estranho que nos possa parecer.

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Os fabricantes de lanternas normalmente escrevem adivinhas em pequenos pedaços de papel e atam-nos às lanternas, para adiconar mais animação ao festival. Um exemplo que se pode traduzir em português, "O que é mais rápido frio ou o calor?". Pensa nisto. A resposta estará à tua espera umas linhas mais à frente.

O gosto pelas lanternas sempre foi um excelente tema para começar uma conversa entre membros do sexo oposto, pelo que este festival de folclore é também o período no qual se deve procurar a cara metade, na cultura chinesa. Em lugares como Hong Kong, Malásia e Taiwan o festival é comercializado como o Dia de S. Valentim chinês.

Uma parte essencial deste festival é o yuanxiao, uma bola de farinha de arroz pegajosa e recheada com açúcar, pétalas de rosa, sésamo, pasta de feijão e outros ingredientes, e depois fervida ou cozinhada a vapor. É partilhado pelas famílias enquanto contemplam o espetáculo. A sua forma redonda simboliza a união, a harmonia e a felicidade.

Ok, já pensaste na resposta da adivinha? O calor é mais rápido.

Destinos


Pequim
Dada a sua fama, os turistas dirigem-se, de maneira geral, às grandes cidades. Em Pequim encontrarás todos os entretenimentos relacionados com esta celebração. A mais famosa rua pedonal, Qianmen Street, veste-se a rigor para a ocasião. Nesta cidade, o festival tem uma duração de três dias e conta com mais de mil lanternas, sendo que a cerimónia do último dia é a mais espetacular.

É aqui que vais encontrar algumas das adivinhas mais interessantes, bailes de leões e dragões, ópera tradicional chinesa, acrobatas, vendedores ambulantes, tudo o que possas imaginar e um pouco mais. Não te esqueças de tocar nos pregos da porta da Cidade Proibída para que a sorte te acompanhe!

Shangai
Mais a sul, em Shangai, poderás encontrar uma das maiores celebrações do Festival das Lanternas. Depois de um ano em que se cancelou a festa por uma debandada no dia de Ano Novo que matou 36 pessoas no ano de 2015 – a cidade afirma agora estar mais segura que nunca -, as festas voltaram a ter lugar. O Jardim Yuyuan, famoso pelos estabelecimentos que vendem dumplings e chá verde, é considerado como o pulmão de Shangai.

Com 5,3 hectares, é o palco das que serão, possivelmente, as celebrações mais impressionantes do país. 50 representações diferentes de uma obra central tradicional baseada no animal correspondente a cada ano, surpreendem a massa de mais de um milhão de visitantes. Se procuras lugares mais tranquilos, o Expo Park e o jardim Guyi serão melhores opções.


Nanjing
O Festival de Lanternas de Qinhuai em Nanjing tem vindo a ser continuamente classificado como o mais bonito, já que se realiza junto ao rio e conta com a atmosfera própria de um história de encantar, junto ao templo de Confúcio. Aqui a criatividade é levada quase ao extremo e os seus habitantes criam animais, flores, casas e até cenas históricas à escala real que se iluminam com as lanternas.

Os habitantes desfilam com alegria levando as suas criações pelas ruas, o que faz as delícias do espetadores.


Conselhos

É algo natural. A primeira coisa que te vai apetecer fazer num Festival das Lanternas é tirar fotografias, seja com a câmara, seja com o telemóvel. Com tanta beleza que captar em tão pouco tempo, o melhor é que estejas preparado. A fotografia noturna requer, normalmente, aberturas muito pequenas e exposições longas. Para que as lanternas não se movam, encontrarás a melhor exposição ao encher o enquadramento com a própria lanterna. Joga com a configuração da abertura segundo a composição, mas assegura-te de manter a exposição à volta de 1/60. Para as lanternas em movimento é recomendada uma exposição 1/100 e uma abertura ligeiramente maior. Ou acerta as configurações da câmara do telemóvel e reza para que saiam bem!

Lembra-te que o Festival das Lanternas não é igual à maioria das festas que têm uma data fixa. No calendário gregoriano, normalmente, coincide com fevereiro ou março. Se atentamos ao calendário lunissolar, tudo depende das fases da lua e de se é ou não um ano tropical. Não será necessário um mestrado em astronomia. O Google é teu amigo. Verifica a data umas quantas vezes antes de ir. Um apontamento rápido: em 2017, o Festival das Lanternas será a 11 de fevereiro.

Algo que terás que controlar muito bem são as horas. A China é um país com mais de mil e trezentos mil milhões de habitantes (proximadamente 96 vezes maior que Portugal!) e as multidões tendem a aumentar. As autoridades das cidades estão cada vez mais rigorosas no que toca à segurança, pelo que muitas vezes estabelecem limites quanto ao número de visitantes. Se chegas cedo ao Festival das Lanternas evitas as maiores multidões e não corres o risco de ficar de fora.

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Carnaval em Veneza

A história do Carnaval em Veneza

Como acontece com a maioria das festas antigas, a origem do Carnaval de Veneza é incerta. As fontes de informação fiável sobre este assunto constratam como uma ornamentada máscara prateada que paira sobre os canais cheios de águas residuais da cidade mais famosa de Itália.

O Carnaval ("despedida da carne") em latim desenvolveu-se ao mesmo tempo que a festividade católica da Quaresma, um período de 40 dias de triste reflexão e penitência durante o qual não se ingerem ovos, lácteos, fruta nem carne. Assiná-la os 40 dias que Jesus passou em jejum no deserto. Contudo, este período de celebração não teria ganho raízes em Veneza sem uma boa e antiquada celebração de um vitória.

A Sereníssima República de Veneza acabava de derrotar Ulrico II (patriarca de Alquleia), uma guerra bastante dura durante 1162, e os habitantes de Veneza procuravam uma razão para se juntar e dançar na Piazza de San Marco. Ulrico II, que tinha sido capturado, foi posto em liberdade sob a condição de render tributo a Veneza com doze barras de pão, doze porcos e um touro, dando assim início à tradição de sacrificar os porcos e o touro, todos os anos, na Terça-feira de Carnaval.

A sua popularidade, assim como a influência da cidade-estado de Veneza, foi aumentando com o passar dos anos e Veneza não tardou em converter-se num passatempo para os ricos durante o Carnaval. Surgiram um sem-número de teatros, cafés de luxo e lojas de vinho, onde gastavam fortunas entre a noite e a manhã. Depois foram introduzidas as famosas máscaras venezianas, com um desproporcional nariz, que impediam a diferenciação entre os nobres e a gente comum.

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Curiosidades

O atual Carnaval de Veneza tem lugar entre o décimo segundo dia da Quaresma (em 2017 começa a 1 de março) até à terça-feira de Carnaval. Todos os anos mais de três milhões de visitantes de todo o globo compram os seus voos para Veneza, convertendo-o num dos maiores festivais do mundo.

O antigo ditado "O espetáculo deve continuar" bem poderia ter nascido aqui: diz a tradição que não se podia parar o Carnval por motivo algum, nem sequer com a morte de um dogo (dirigente da República de Veneza). Na verdade, quando faleceu o dogo Paolo Reiner a 13 de fevereiro de 1789, a notícia foi mantida em segredo e apenas comunicada após o fim das festas, a 2 de março.

A já mencionada falta de distinção das pessoas associada utilização de máscaras, converteu-se num trampolim para algo mais sinistro. Durante o Carnaval, Veneza passou a transformar-se num paraíso para todo o tipo de comportamentos lascivos e os sítios de apostas e os bordéis passaram a fazer parte integral da festa.

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O Carnaval quase desapareceu no século XVIII, quando Veneza foi conquistada pelo rei da Áustria, que proíbiu a celebração de forma incisiva. Depois de ter começado a resurgir, uma proibição similar foi implantada nos anos 30 quando Mussolini governava Itália. Não foi até ao ano de 1979 que a cidade de Veneza se voltou a reunir para voltar a dar início à festa.

O clássico filme de Stanley Kubrik, Eyes Wide Shut, inclui de forma marcante, máscaras compradas nas lojas venezianas II Canovaccio e Ca'Macana. E, já que falamos de máscaras venezianas, existem mais lojas de máscaras venezianas de Carnaval que talhos ou frutarias nesta cidade.

Todos os anos o Carnaval apresenta um tema diferente e algumas edições mais recentes tiveram como temas centrais Paris, Nápoles, culturas orientais, Casanova e Fellini.

Tendências


Desfile no Canale di Cannaregio
Algo que muitos turistas não sabem, que é mais conhecido entre os locais, são os desfiles inaugurais na água. Esta procissão de barcos decorados que parece não ter fim recorre o Canale di Cannaregio, e pode ser vista de dia e de noite.

O voo do anjo
Se és um dos primeiros turistas a chegar a Veneza, não podes perder o Il Volo dell’Angelo (O voo do anjo), que tem lugar no primeiro domingo ao meio dia na Piazza de San Marco, no extremo superior do campanário. Neste evento impressionante, um acrobata salta de um edifício de 99 metros de altura e aterra mesmo no centro da praça. O melhor é chegares por volta das 11h da manhã, para que não tenhas que ver este espetáculo deao longe.

Doces típicos
Pode ser que seja a época da Quaresma, mas isso não significa que tenhas que deixar de comer. Ninguém te vai apontar o dedo se provares os famosos Fritelli di Carnavale Venizane (pastéis de Carnaval). Estes deliciosos doces podem ser comidos simples, recheados de chocolate, maçã ou creme de Marsala. Os vários postos de comida e bebida que existem pela cidade são paragens imprescindíveis. Podes provar iguarias em quase todas as esquinas. Não te esqueças de provar a versão veneziana de tapas que é servida com polenta, as chamadas Cicchetti.

Eventos gratuitos
Se visitas Veneza durante o Carnaval também encontrarás entretenimento gratuito. Desde as 14h há concertos ao vivo, cómicos e desfiles por toda a cidade, e até um espetáculo de circo! O centro onde se passa toda a ação é a Piazza de San Marco. A tradicional cerimónia de fecho chamada “La Vogata del Silenzio” (A regata do silêncio) é uma impactante procissão de gôndolas e barcos a remo que seguem o trompete solitário e queixoso do barco dianteiro. Quando chega a Cuenca San Marcos, são libertados centenas de balões luminosos.

Conselhos

Já viste centenas de fotografias. As elaboradas combinações de máscaras e vestidos sacados diretamente do Renascimento italiano, mostram uma sofisticação inalcansável para a marioria dos turistas, que viajam com um budget pouco flexível ou que acabam de chegar de uma viagem de inferno de uma companhia aérea low cost que lhes permite transportar uma minúscula mochila até 10 quilos. Como vais conseguir enfiar na tua mochila esse nariz pontiagudo?

A boa notícia é que não tens que levar nada. Os disfarces tradicionais podem ser alugados por 50€ por dia em toda a cidade. Notícias ainda melhores? A maioria dos italianos normais e correntes não sentem a necessidade de deixar-se levar por tanto esplendor e os disfarces que usam normalmente não têm mais classe do que os que encontras no teu bairro pelo Carnaval. Queres levar o teu fato de Zombie-Super Homem-Donald Trump? Sem medos! Leva o disfarce à tua medida e vais vais que te sentirás como um peixe na água.

Quer falemos de versões mais tradicionais ou mais modernas, uma coisa é certa: os disfarces não têm bolsos. Pelo menos alguém do grupo deve levar uma pequena mochila ou um saco para guardar as coisas de valor. No Carnaval de Veneza terás que estar bem protegido do frio. A Itália pode ser o jardim da Europa, mas esse jardim, especialmente no norte, costuma congelar no inverno! Recomendamos calças grossas e várias camadas de roupa.

Agora que estás completamente convencido e com a mala quase feita, há algo que precisas de saber: o Carnaval não é uma boa época para visitar a cidade. A maioria dos três milhões de visitantes estão mais interessados em tirar fotografias aos que estão a fazer a festa do que em ver os monumentos. Se estás bem mascarado, prepara-te para que te tirem fotografia (a sério!) e não esperes conseguir ver nada do que Veneza tem para oferecer.

Se queres conhecer um pouco da cidade, aconselhamos-te a fazê-lo bem cedo pela manhã, ou, o melhor mesmo é visitá-la uns dias antes ou depois das festas.

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Pamplona

A História das Sanfermines

Para entender a origem das Sanfermines (Festas de São Firmino), há que remontar ao nascimento de Firmino, filho de um senador romano de Pamplona do século III. Batizado por Saturnino no poço de Saint-Sernin e ordenado padre em Toulouse. Posteriormente, converteu-se no primeiro bispo de Pamplona, tendo sido atado pelas pernas a um touro e arrastado até à morte nas ruas da cidade. O milagre que lhe concedeu a santidade ocorreu quando do seu túmulo surgiu uma rosa de doce aroma que fez com que o gelo e a neve derretessem, que os doentes se curassem e que as árvores se inclinassem na direção da sua sepultura.

A festa que existe atualmente resulta da junção de duas celebrações. Em primeiro lugar procede das feiras comerciais e seculares que se celebravam no início do verão entre comerciantes de gado, o que acabou dando lugar às corridas de touros. Em segundo lugar, das cerimónias religiosas em honra a São Firmino. Inicialmente as festas de San Fermin era celebradas a 10 de outubro, mas foi decidido alterar a data da sua celebração para julho para poderem aproveitar o bom tempo. Com o passar dos anos, a semana de 7 de julho foi-se convertendo numa temporada de torneios, teatros, bailes, fogos de artifício e corridas de touros.

A partir do século XVII os encerros (e o consumo exagerado de álcool e a desmedida presença de estrangeiros) assumiram um papel predominante nesta festa, algo que ocorreu porque os jovens começaram a saltar para frente das carroças que transportavam os touros, desde as zonas rurais até às praças de touros.

Hemingway descreveu também este festival na sua lendária novela Festa, o que converteu as Sanfermines numa visita obrigatória a nível internacional.

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Curiosidades

Muita água passou desde o comércio de gado e dos milagres dos santos da Idade Média até à massa de turistas que se afogam em vinho barato e aterram em hostels salva vidas de 75€ por noite que encontramos hoje em dia. No que toca às estatísticas, é muito provável que a tua curiosidade móbida te esteja a perguntar o número de pessoas que deram o seu último sopro na história moderna destas festas.

Mas a verdade é que os números são surpreendetemente baixos: registaram-se 15 mortes desde 1910 e apenas três delas ocorreram depois de 1980. Apesar da experiência dos locais e da estupidez dos turistas, é interessante saber que a probabilidade joga a teu favor: o único turista estrangeiro que perdeu a vida nas Sanfermines foi um cidadão americano em 1995.

Um dado pouco conhecido sobre as Sanfermines é que a finalidade dos tradicionais lenços vermelhos não é enfurecer o touro. Para os principiantes: a cor não é de muita importância, já que os touros não distinguem as cores. Diz-se que as tradicionais calças e camisa brancas e os lenços vermelhos, têm como missão honrar a São Firmino, já que o branco representa a santidade e o vermelhor o martírio. Outra teoria diz que o objetivo das cores é honrar os talhantes locais que desempenham um papel fundamental no início das festas.

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Hoje em dia, mais de um milhão de turistas por ano invadem as ruas de Pamplona para assistir a esta festa. Muitos ficarão decepcionados com a realidade: uma frenética corrida que tem lugar ao longo de uma curta distância de 875 metros e em média cada corredor permanece entre 20 e 30 segundos. No total, o encerro completo dura três minutos.

Tendências


O chupinazo
Se estás no local desde o primeiro dia, dirige-te à praça da câmara municipal (ayuntamiento) ao meio dia para o “chupinazo”, a cerimónia inaugural. Aqui começa a festa, que tem uma duraçãqo de nove dias, com o lançamento de um foguete desde a câmara municipal enquanto um convidado de honra grita “Viva San Fermin!” Gora San Fermin!” e a multidão responde “Viva!” e “Gora!”, ao mesmo tempo que abrem garrafas de champagne e dão banho a todos os que estão à sua volta. Os fogos de artifício proporcionam todo um espetáculo que te vai impressionar, se ainda conseguires ver alguma coisa depois do banho de champagne.

O encerro
Não é nenhum segredo que o encerro de touros é mais do que uma corrida. Os touros, sem saber a crueldade que os espera, são conduzidos pelas ruas até à praça de touros onde mais tarde “participam” numa tradicional corrida de touros espanhola que não podem vencer. Deixando a moral de lado, é indiscutível que não verás um espetáculo assim em nenhuma outra parte do mundo. 90% das entradas já estão esgotadas, mas se vais para a fila às 21h do dia anterior na praça de touros, ainda deves conseguir comprar algumas.

Gigantes e Cabeçudos
Outra tradição das Sanfermines é a Comparsa de Gigantes e Cabeçudos, um tipo de desfile onde gigantes de papel maché com quatro ou cinco metros de altura dançam e representam míticos reis e rainhas da Europa, África, América e Ásia. A cavalgada está encabeçada pelos gaiteiros de Pamplona, começa de manhã às 09.30h na estação de autocarros e tem cada dia uma rota diferente. Consulta o jornal para saber as rotas de cada dia.

Pobre de mí
Se continuas em Pamplona a 14 de julho e não estás completamente destroçado, outro evento que vale a pena ver é a cerimónia de encerramento, chamada “Pobre de mí”. Na zona antiga de Pamplona mais concretamente na Plaza Consistorial, os comérciantes cantam “Pobre de mí, pobre de mí que se han acabado las fiestas de San Fermin”. Este momento já de si lúgubre, ganha um caractér ainda mais intenso porque os milhares de assistentes seguram velas em copos de plástico enquanto cantam.

Conselhos

Começamos com alguns conselhos para os mais valentes. Se estás a pensar correr no encerro, vais precisar de toda a ajuda que te possam dar, por isso a app Bullrunning Trainer para iPhone apresenta uma simulação de uma corrida segundo os dados por ti introduzidos e calcula os riscos que corres. No que respeita às regras de ouro, o melhor conselho que podes receber (surpreendentemente) é que corras mais lentamente, já que as reações do touro são provocadas principalmente pelo movimento. Também poderás colocar-te em posição fetal se caíres ao chão, já que, segundo dizem, a maioria dos acidentes ocorrem quando alguém caído tenta levantar-se.

És menos atrevido? Há algo que deves saber das festas de San Fermin: na rua não vais conseguir ver muito. Estão dezenas de milhar de pessoas amontoadas atrás das barreiras num minúsculo trecho de rua. Se queres ver tudo o que se passa no encerro terás que estar na varanda de um apartamento: o posto de turismo juntou uma lista dos pamploneses que alugam as suas varandas aos turistas que queiram ver o espetáculo. Vale a pena, mas os preços não são precisamente económicos.

Arranjar alojamento sem reserva prévia será uma missão impossível. Vais encontrar muitos turistas a "dormir" na rua devido à escassez de quartos disponíveis. Por favor, não sejas um deles. Reserva o teu alojamento com bastante antecedência, principalmente se pensas em lá estar durante o fim de semana.

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